Anestesia, do grego antigo an-, "ausência"; e aisthēsis, "sensação"

Estado em que a sensibilidade (incluindo a dolorosa) está bloqueada ou existe ausência de consciência dos estímulos (Anestesia Geral). Portanto o cérebro não recebe os impulsos dolorosos ou não os processa e, logo pessoa não se apercebe conscientemente.

Apesar de almejada durante muitos séculos antes, é em 1846 que William Morton demonstra publicamente em Massachusetts a anestesia cirúrgica com éter inalado. Actualmente, nos países desenvolvidos, a anestesia geral utilizando gases ou vapores para respirar faz uso de medicamentos diferentes do éter, habitualmente agentes halogenados e protóxido de azoto.

Outra forma de anestesia geral, é por via endovenosa, ou seja administram-se medicamentos directamente na circulação sanguínea (p.ex. Propofol, Tiopental, Etomidato) para induzir e manter a ausência de consciência. 

Habitualmente para além de anestesiado, o doente está analgesiado (não sente dor) com combinações de analgésicos (p.ex. Paracetamol, Cetorolac, Fentanil), tanto durante a cirurgia como no pós-operatório.

A utilização de anestésicos locais foi mais tardia. Estes fármacos têm a capacidade de inibir a condução de estímulos nervosos. Se injectados na periferia de um nervo impedem que a "informação" dolorosa consiga chegar ao cérebro - Anestesia Local, Regional e do Neuro-eixo (p.ex. Epidural).

Outra grande área de desenvolvimento foi a monitorização de parâmetros vitais. Actualmente em tempo real temos à disposição informações precisas e detalhadas sobre o sistema respiratório, o sistema cardiovascular, a actividade cerebral (e diversas outras), que permitem ao Anestesiologista diagnosticar e tratar mais rápida e adequadamente os problemas do doente.

Na prática diária da Anestesiologia estas técnicas são utilizadas simultaneamente. No período pré-operatório, durante e após a cirurgia, outros procedimentos são realizados e medicamentos administrados por decisão médico anestesista, que diferem com as necessidades do paciente e da situação clínica.

A unidade de cuidados pós-anestésicos (UCPA) é o local onde os pacientes recobram da anestesia e cirurgia. Habitualmente ficam cerca de 2 horas vigiados por vários enfermeiros e tratados pelo anestesiologista até estarem bem. Depois são transferidos para a enfermaria ou têm alta para o domicílio.

Para além do tratamento, o acto anestésico visa a segurança e bem-estar das pessoas para amenizar uma fase sensível mas pouco frequente da vida - estar doente e necessitar de uma intervenção cirúrgica.

Unidade de Cuidados Pós Anestésicos (UCPA) do CHC-HG

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